May 11, 2023
Escola única no coração da capital do Mali, acessível apenas por barco
Por Africanews com AFP Com sua bolsa pendurada sobre ela
Por Africanews
com AFP
Com a bolsa pendurada no ombro e um suéter laranja bem amarrado na cintura, Rokia Koumaré, de 10 anos, dirige-se às margens do rio Níger, em Bamako, Mali.
Todas as manhãs, por volta das 7h, ela e dezenas de colegas levam para a escola na Ilha Dialogun, uma pequena piroga com teto de palha.
Localizada na capital do Mali, esta escola insular educa 218 crianças das margens e ilhas do rio Níger. Recebeu o status de escola pública em junho de 2022.
Foi construído para garantir um local de estudo para os jovens que não frequentam a escola”, explica Marie Garnier, coordenadora da escola. Segundo a UNICEF, mais de dois milhões de crianças do Mali não frequentam a escola.
Rokia se acomoda nos longos bancos do barco. Alguns alunos estão tomando café da manhã, enquanto outros jogam damas ou falam ao telefone. O motor é ligado e a piroga sai para as águas calmas do rio Níger.
“Não tenho medo de atravessar o rio de piroga, pois já estou acostumada”, diz Rokia.
falta de meios
A piroga toca. Os adultos descarregam as latas de água, depois as crianças desembarcam. Eles vão para a escola.
Pela manhã, os alunos formam um círculo no centro do qual a bandeira nacional é hasteada lentamente por duas meninas. Em seguida, eles cantam o hino nacional, com a mão no coração.
Aulas começam. Mastan começa a escrever a data com giz no quadro-negro. Atrás dela, outras garotas observam, sentadas em suas carteiras em bancos de madeira.
Algumas salas de aula, protegidas por muretas ou em tendas, são montadas em meio a uma área arborizada. Algumas aulas também são realizadas ao ar livre, ao som de insetos. As mesas são colocadas na areia.
"Tenho a direção e duas turmas, o que significa que há um problema de professores. Também há problemas com mesas. Às vezes, somos obrigados a realizar atividades ao ar livre para que todos tenham espaço para trabalhar", explica Broulaye Konaté, o diretor da escola.
falta de meios